Relato de Lux da III etapa do Circuito Athenas de Corrida.
Lux é minha irmã de asfalto e de coração, como vinha da maratona do rio e precisava descansar ela correu essa prova em meu lugar.
Blog Lux: http://supralux.wordpress.com/
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Terminado o circuito alucinado de 6 provas em 6 finais de
semana seguidos, eu estava livre para me dedicar ao treino para a Etapa III da
Athenas, famigerados 21k. Eu estava um pouco atrasada para a planilha de 8
semanas, mas como tive prova atrás de prova nas semanas anteriores, considerei
as mesmas como substitutas para a primeira semana da planilha 21k, a única
light de toda ela. Nesse momento, meu sensei André Mendonça proferiu as
palavras que se tornariam meu mantra dali em diante: “nós temos que voltar a
treinar sério, Neusa”. Foi com estes objetivos que me dediquei piamente à
planilha: treinar sério, como dizia meu sensei, e conquistar a medalha num
tempo digno para ele; e me vingar das 2h15min da mesma prova no ano anterior.
Foi suado, foi sofrido, mas também muito gratificante. Cada
dia que ia riscando na planilha era uma satisfação.
Imediatamente após o último treino, como eu falei no post
anterior, bateu o costumaz bode pré-prova, uma mistura de medo e preguiça. Medo
e preguiça estes, que deixei na cama, quando levantei às 5h do dia 02/11/2014
para ir pra ponte Transamérica e aplicar tudo o que foi treinado. Durante a
prova, tive alguns dejavus nos momentos que tinham sido mais difíceis no ano
anterior: a 1ª e cruel subida da Ponte Estaiada, a sede e a falta d’água no km
10, a sensação de que a prova jamais acabaria por volta do km 16, as fortes caimbras que
rasgaram as minhas coxas no km 20. Mas dessa vez foi diferente. Encarei as
quatro subidas da ponte com firmeza e fiz os 10 primeiros quilômetros em 50min,
tempo melhor do que eu vinha fazendo até então para a distância em percurso
plano. Fui molhando a garganta com pequenos goles de água em todos os postos de
hidratação após o 5 quilômetro, o que segurou a sede. Logo após o quilômetro 12
havia um posto com Gatorade, copinhos com cerca de dois goles. Parecia pouco,
mas por volta do quilômetro 13 havia novamente um posto com mais 2 goles de
gatorade. Achei ótimo, pois o líquido não pesou no estômago e isso permitiu
manter o ritmo. Após o quilômetro 16 meu
ritmo sofreu uma queda, mas não passou de 15seg em cada quilômetro. Não senti
nenhuma caimbra no percurso inteiro, nem depois da prova, nem no dia seguinte.
Terminei a prova me sentindo bem e em 1h52min, abaixo do que eu havia
imaginado. A planilha funcionou, enfim.
Sobre a organização da prova, mais uma vez a Iguana Sports
manteve o nível elevado. O único contra, na minha opinião, foi o local da
retirada do kit, que ficava muito longe do local da prova (e da minha casa). O
pessoal do guarda-volumes, os entregadores de água, os orientadores de
percurso, todos estão de parabéns pela simpatia e animação. Poucos sabem como
fazem a diferença quando lhe batem palmas e gritam palavras de incentivo quando
você está ali, correndo no seu limite.
Agradeço ao sensei André pela inspiração. Sem palavras.
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