Nesse final de semana rolou o Circuito Vênus e a Lux nos
relatou como foi a prova.
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Circuito Vênus é referência quando se fala de corrida
feminina. Desde 2009, quando foi criado, o circuito vem atraindo, a cada
evento, mais corredoras pela fama de ser a melhor corrida feminina do Brasil.
Mas, desde seu nascimento, o circuito sofreu muitas mudanças. Essa última
edição, cuja etapa de São Paulo ocorreu hoje, 16/06, deixou claro que a prova
não é mais a mesma de 5 anos atrás.
Eu não participei das primeiras edições, pois naquela época,
ainda não corria. Mas acompanhei de perto os eventos: ia fotografar minha irmã,
que participava das provas. Lembro-me da infraestrutura do evento, tanto do Day
Care quanto do dia da prova: impecável. Havia patrocínio de empresas de
diversas áreas, da alimentação à saúde. O kit era composto de camiseta de
prova, camiseta finisher, sacolinha, medalha pós prova e colar com pingente
swarovski, além de diversos produtos Avon (produtos mesmo, não amostras).
O Day Care era repleto de atividades, iguais as que são
oferecidas hoje, como massagens, manicure, etc. Havia também degustação de
diversos produtos alimentícios que iam de chás a sanduíches, passando por
sorvetes e açaí. Tudo à disposição das corredoras e acompanhantes. Hoje ainda
há uma coisa ou outra, mas não em abundância como antes.
Até o ano passado, eram duas etapas por cidade no ano. Em
2013 fizeram essa etapa em São Paulo agora em junho, o que me leva a crer que
não haverá outra neste ano (talvez eu esteja enganada).
Em relação à edição de 2012 (da qual participei em São Paulo
e no Rio de Janeiro), houve alteração no trajeto (em SP). Eu achei bacana:
retiraram a parte que percorria a área interna do jockey clube, em solo
arenoso, e estenderam até um pouco depois da praça Panamericana. O caminho
incluiu 4 subidas leves, na passagem por baixo da Av. Eusébio Matoso e na ponte
da Cidade Universitária. Esses trechos exigiram um esforço maior das
corredoras, principalmente nos quilômetros finais. O último quilômetro era
totalmente plano, logo na saída do túnel da Eusébio Matoso, o que dava a brecha
pra arrancar e ganhar um tempinho.
Houve mudança nos tipos de kits, sendo um plus, composto de
camiseta de prova, sacolinha básica e medalha, e o premium, que além destes
itens, trazia a camiseta finisher, e a sacola era do tipo de academia. O preço
era bem distinto: R$ 79,00 para o plus e R$ 129,00 para o premium.
Acredito que essa mudança visa trazer mais corredoras para o
circuito, visto que o preço um pouco acima das outras corridas de rua
desanimava muita gente.
Hoje, de fato, parecia que havia um número maior de
corredoras participando. Não sei se houve mesmo aumento do número de inscritas,
não tenho estes dados, mas tanto na largada quanto na chegada houve um grande
aglomerado de mulheres. Quando estava indo embora ouvi duas meninas
conversando, e uma delas dizia "tinha muita gente caminhando logo na
largada. Eu acho que deviam separar quem corre de quem caminha". Seria uma
solução, como já é adotado em outras provas, colocar a largada de quem caminha
depois do pessoal que corre. Ou ainda, como no circuito Adidas, onde a largada
de 5k é um pouco antes da largada de 10k. Isso evita atrasos para quem quer
fazer um tempo bom, pois fica bem difícil se não conseguir largar da frente.
Havia um bom número de postos de hidratação, colocados em
pontos estratégicos da quilometragem. Foi oferecido apenas água, não
isotônicos. Estes, somente no final da prova. A marcação da quilometragem
estava bem feita, eu passava ao lado da placa de marcação e quase ao mesmo
tempo ouvia a voz do aplicativo Nike no meu fone, dando o quilômetro. O
aplicativo me deu a distância aproximada de 10k e 100 metros.
Na chegada, um grande aglomerado de mulheres na retirada de
medalha. Não sei o que causou tanta muvuca, talvez o formato diferenciado da
medalha, que em vez da fita, tinha uma corrente que enroscava umas nas outras,
atrapalhando os entregadores. Ouvi muita menina reclamando que aquilo não era
medalha. Um entregador endossava: "tem que reclamar mesmo, reclama com a
organização". Também fiquei um pouco frustrada com essa medalha.
Exatamente porque ela não parece uma medalha...
A camiseta da Nike continua ótima. A modelagem ficou um
pouco melhor, na minha opinião, em relação à do ano passado, menos acinturada e
mais larguinha. A cor achei legal (pink, pois o preto do ano passado era meio
matador no calor) e o design também.
Houve também um problema técnico da chip timing, que marcou
o horário de chegada em vez de dar os tempos líquido e bruto ao final da prova.
Este problema, porém, foi corrigido e pela tarde recebi meu tempo correto por
sms. Eu já tive problemas com a chip timing, que numa prova do Mc Donalds 5k
não marcou meu tempo. E daquela vez não foi computado mesmo, algumas amigas
tiveram o mesmo problema.
O Circuito Venus continua sendo referência entre as corridas
femininas, acredito que de agora em diante tende a atrair mais e mais
corredoras. Porém, eu acho que ele já está cada vez mais similar aos demais
circuitos de corrida feminina, em termos de infraestrutura e organização. Não
tem mais tantos diferenciais. A mudança do nome - antes era Circuito Venus,
hoje é Venus 10k - indica que houve mesmo uma mudança, seja da organização, ou
qualquer outro motivo interno, não sei dizer. Espero que a próxima edição traga
melhorias em relação a esta. É esperar pra ver, pois por mais que tenha me
decepcionado com esta, é certeza que na próxima estarei lá...
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